sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Backstreet Boy em BH por Craviée

Backstreet Boys em BH 2011 (1)

Bem menos passional, bem menos fã e talvez um pouco chato, mas com certeza mais centrado. assim assisti a apresentação da boy band Backstreet Boys aqui em BH City, que ocorreu no Chevrolet Hall, com a produção local da Nó de Rosa.

Fui com o objetivo de realizar a cobertura para o meu podcast, o Microfonia – se você ainda não ouviu, ouça xD – juntamente com o Diego Marques.

Antes de tudo, deixar bem claro. Eu tive um “passado negro”. Digo “negro” pois sou homem-hétero, e teoricamente não poderia gostar dessas coisas. Com meus 13, 14 anos isso era algo que eu escondia. Mas admito, gostava, dançava e cantava.

Bom. A coisa que mais me impressionou foi ver como que a nostalgia tomou conta do público, porque grande parte eram de pessoas com mais de 20 anos – ou seja, que curtiram BSB com seus 10,11,12 anos. Inclusive haviam mulheres de mais de 30 com faixas “BSB S2”. Uma cena não muito… ahhh… bonita de se ver.

DSC00205

Como eu disse no twitter, 90% do público eram de mulheres, 8% de “veadas” e 2% de namorados das nostálgicas fãs. Grande parte desses 2% se encontravam ao fundo do Chevrolet Hall, lugar onde fiquei para ver o show.

Mas antes disso, no início do show, eu estava no fosso, para tirar as fotos para a cobertura. Na contagem regressiva apareceu a seguinte imagem:

Backstreet Boys em BH 2011 (3)

Sério. Nesse momento achei que minha cabeça estouraria, devido a intensidade dos gritos das fãs. Sem condição.

Ok. Esterías à parte. O início do show foi “épico”, no sentido fã mode. Todo o clichê do pop estava lá. Porque é isso que faz o grupo ser o que ele é: esses clichês. As coregrafias, o estereótipo de cada integrante, as mil trocas de roupa, OS BANQUINHOS!

Sobre a performance, bom. Aí começa minhas críticas. Os caras ainda dançam, mas vemos que a idade já pede arrego. Pode ser uma comparação injusta, mas é aquela coisa, “não aguenta, pede leite”. Não havia aquele vigor que existia no final da década de 90 e início dos anos 2000. Fora que o calor também tava foda. Mas fazer o que?

Sobre o som. Tirando o fato do Chevrolet Hall não ser o lugar mais indicado para fazer show (por questões técnicas/acústicas/etc), o som estava bom, bem bom na verdade. Mas levando em consideração que praticamente tudo era um “play”, fica fácil.

Óbviamente que eu não esperava um show cantado por eles. O playback tava lá. O que muitos que defendem o contrário não entendem é que eles gravam, em estúdio, uma versão ao vivo do show, e no palco, eles dublam. As palmas e os gritos neste quesito deve ir para o puta engenheiro de som que eles tem.

Outra coisa que eu não entendi é o pamonha que tava ali no meio tocando “bateria” numa máquina de lavar. Sério, perfumaria desnecessária. Se tivessem tirado o cara do palco, poderiam ampliar a área para os caras dançar, acrescentar um cenário, sei lá. Foi meio fail aquilo.

Sobre a estética do show. Bem… aí eu vou ser bem chato. Na verdade teve altos e baixos. Eles realizaram umas inserções bem bacanas onde os integrantes participam de filmes famosos como Clube da Luta, Encantada e até Matrix. Bem feito, bem bolado. Agora as outros inserções. PUTA QUE PARIU. Total Movie Maker.

Para um grupo que deve ganhar uma grana violenta, usar slide show pra compor o cenário não rola. E não me venham dizer que isso é um referência aos anos 90, porque bom senso estético é algo atemporal.

Só pra fechar, algumas coisas que rolaram:

  • Mulheres chorando;
  • Nick flopando no break;
  • Random brazilian words;
  • MUITA gente;
  • MUITA mulher chorando.

Veredito: Posso dizer que o show do BSB foi um show pautado mais na nostalgia, e por isso um show Médio/Bom. Muito mais por pecados técnicos e de produção, do que pelo BSB em si. Não há muito o que julgar nesse ponto.

Infelizmente aqui no Brasil carecemos de lugares que com infraestrutura para grandes produções. Ou as vezes os caras tão cagando pra gente, não podemos saber.

Mas fato é. Foi um show bacana para quem viveu a época. E se você foi fã, melhor ainda.

É isso aí. Quem tiver curiosidade, criamos uma galeria de fotos do show. Além disso, na próxima edição do Microfonia vamos falar um pouco mais.

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