quinta-feira, 10 de abril de 2008

[.Eu vi.] Persépolis

Sabe, a primeira coisa que vou falar de Persépolis é que fiquei decepcionado. Fiquei decepcionado de como um filme excepcional como ele ficou tão apagado (pelo menos aqui em BH). A animação (baseada numa história real vivida pela própria diretora) conta a história de Marjane Satrapi, uma menina de 8 anos que vive com seus pais e parentes, intelectuais-revolucionários que lutam contra o regime totalitário do Rei Xá no Irã. Com a mudança do regime para uma República controlada pelos “Guardiões da Revolução”, grupo que fiscaliza os hábitos e costumes da população, os pais acabam mandando a filha para a Europa para que ela possa aprender sobre a vida sem limitações impostas pelo governo. Com uma animação primorosa e uma narrativa bem amarrada (e humorada), o filme traz mais do que a história de uma garota e seus ideais, mas também o seu amadurecimento e a conquista de sua própria identidade e liberdade. O mais bacana do filme, é que a experiência de Marjane pode ser tranquilamente passada para a sua perspectiva. Como que a sociedade em geral impõe valores que mudam suas próprias convicções ou fazem acreditar que o outro está errado por não compartilhar delas. Persépolis é obrigatório para qualquer pessoa com juízo.

Nenhum comentário: